Como funciona?
O nosso cérebro tem uma capacidade inata de curar-se. Nosso organismo todo funciona assim. Nós fomos criados para a sobrevivência. Assim se minha pele sofre um corte, meu organismo vai fazer todo um movimento para a cicatrização dessa ferida. Portanto essa é a tendência do nosso organismo se ele está saudável: curar-se.
A mesma coisa ocorre com a mente. A mente tem um sistema de processamento de informação estruturado para conduzir os situações estressantes rumo à saúde mental, assimilando uma informação e dando um sentido a ela.
No entanto, quando uma pessoa encontra-se emocionalmente alterada, seu cérebro não pode processar informações como o faz em condições normais. Então, o distúrbio que ocorreu conosco fica ‘preso’ no cérebro, da mesma forma que se o corte na minha pele for muito profundo, meu organismo pode não conseguir curar-se sozinho.
O resultado disso é que essas memórias traumáticas ou dolorosas, acumuladas ao longo da vida, costumam ter um efeito negativo e duradouro sobre o modo como uma pessoa vê o mundo e se relaciona com as pessoas, interferindo de forma intensa em sua vida.
O que acontece no EMDR é que nós acessamos esse mecanismo interno de auto-cura que o cérebro tem, e o ajudamos a estar dinâmico novamente. Com isso, somos capazes de levar a pessoa mais adiante do que ela naturalmente iria. É a habilidade própria do cérebro que faz isso, portanto, não é que o terapeuta tem que oferecer todas as respostas. Ele auxilia o cliente, para que o cérebro deste continue dinâmico, movendo-se para a resolução, diante de cada memória a ser reprocessada. Quando as conexões são feitas o que realmente acontece é que o que é útil em relação à experiência traumática ou dolorosa é aprendido e o que não é útil é descartado. Então, o material perturbador perde sua força dentro do psiquismo.